O Vale da Sorte é um livro infantojuvenil escrito pela autora Neide Góes. O livro está publicado na plataforma de leitura online WATTPAD.
Vamos conhecer um pouco mais sobre o livro?
Sinopse: O VALE DA SORTE – VOLUME I
Em
uma cidadezinha rodeada de grandes montanhas, três amigos, desde pequenos,
costumeiramente vivem juntos algumas aventuras. Com o passar do tempo eles
acabam conhecendo antigos moradores do vilarejo. Vivendo o dia a dia, eles irão
descobrir que o Vale da Sorte está cheio de mistérios. Reis, Princesas,
Príncipes, Fadas, Unicórnios, Magos, Bruxos e viagens através do tempo compõem
essa fabulosa história, em que o passado se junta com o presente sem que muitos
dos moradores se apercebam.
Parte retirada do livro
"Em um pequeno vilarejo bem, bem distante, quase todos os dias fazia sol, um sol tão quente que chegava a estourar as sementes das frutas estrebuchadas no chão antes mesmo que elas secassem por inteiro. Entravam dias e saíam dias – e eram todos iguais. Diariamente, os habitantes estavam acostumados com o movimento de uma ou outra folha seca caindo, do alto para chão, flutuando como uma pena, até pararem no pé da árvore, coroando-a em forma de um círculo. E ficavam por lá se acumulando e se esturricando, até novamente se movimentarem, quando batia um ventinho que as soprava para as varandas. Também havia os passarinhos, que para fugir do sol ardido pousavam debaixo das copas das árvores, procurando a sombra, para depois se infiltrarem sorrateiramente no meio dos pintinhos e ciscarem a ração dos pobres coitados.
Esses eram os únicos movimentos diários que
aconteciam no Vale da Sorte capazes
de fazer com que as pessoas levantassem: para varrer a varanda ou espantar os
passarinhos do meio do galinheiro. Esporadicamente, ouvia- se o “pac, pac,
pac...” de uma mula ou um estrondo de um escapamento de um velho caminhão. Lá
realmente a vida passava len-ta-men-te. Diziam até que, por “sorte”, foi lá que
Judas perdeu as botas e que elas estão esperando até hoje por ele para serem
retiradas do lugar. Chove, molha, faz sol, seca e nada. As botas, coitadas, só
desbotam. Ah, mas não pense você que lá a tranquilidade perpetuou-se por muito
tempo...
Era uma vez...
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